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19 de novembro: Dia Internacional do Empreendedorismo Feminino

  • Foto do escritor: Ana Francisca Maio
    Ana Francisca Maio
  • 20 de nov. de 2021
  • 3 min de leitura

Atualizado: 15 de jan. de 2022

O dia de 19 de novembro foi consagrado pela ONU como o Dia Internacional do Empreendedorismo Feminino. O seu objetivo é, para além de homenagear todas as mulheres empreendedoras e incentivar outras tantas, tentar diminuir as discrepâncias entre homens e mulheres no mercado de trabalho.


Desde 2014, que, todos os anos, é celebrado o Dia Internacional do Empreendedorismo Feminino.

Segundo a edição de 2018 do Mastercard Index para o Empreendedorismo Feminino, Portugal é o sexto melhor país, em 57, para as mulheres que decidem empreender. O destaque deve-se às boas oportunidades e boas condições de apoio para estas mulheres.


No Brasil, dados do Sebrae, de 2018, revelam que existem mais de 9 milhões de mulheres empreendedoras. Ainda assim, a superioridade dos homens no mercado de trabalho e dos negócios faz-se notar. Apesar da escolaridade das mulheres ser 16% superior, elas faturam 22% menos do que eles. Ainda em linha com o mesmo estudo, em 2018, os homens empreendedores brasileiros registaram um rendimento médio mensal R$ 2.344, enquanto que as empreendedoras faturaram, em média, R$ 1.831 por mês, menos R$ 513.


Porque se deve alimentar o empreendedorismo feminino?

Apoiar o empreendedorismo feminino traz benefícios para a sociedade e para a economia, não comportando desvantagens. Torna a sociedade mais igualitária, reduzindo a desigualdade de géneros e contribui para o crescimento da economia, com novos e mais diversificados negócios.



Além disso, está comprovado que as mulheres têm uma grande facilidade em adquirir as famosas soft-skills, cada vez mais valorizadas no mercado atual e fundamentais para as estratégias das empresas. De acordo com uma pesquisa da OIT (Organização Internacional do Trabalho), as empresas que apostam na diversidade de género no que toca a cargos de liderança tendem a ter um crescimento de 5 a 20% nos lucros.


Principais obstáculos das mulheres empreendedoras

De acordo com um dos estudos já referidos acima (Mastercard Index para o Empreendedorismo Feminino, de 2018), o preconceito de género é a principal dificuldade que o empreendedorismo feminino encontra, a nível mundial. Tanto nos mercados em desenvolvimento, como nos mais desenvolvidos, desigualdade de género culmina em vários problemas para as empreendedoras: falta de confiança em si próprias, dificuldade ou incapacidade em aceder a capital e baixa aceitação cultural e social.

No mundo dos negócios, as mulheres continuam a ser vistas como inferiores. Ainda existem ideias preconceituosas que retratam a mulher como demasiado emocional e sem perfil de liderança, não se encaixando nesse mesmo mundo. Para além disso, as mulheres sentem muitas vezes dificuldade em conciliar o trabalho com a vida doméstica. Outros entraves prendem-se, muitas vezes, com a gravidez, os filhos, e o sofrimento de assédio no trabalho.


Contudo, o número de mulheres empreendedoras tem vindo a crescer globalmente, provando que a sociedade segue no caminho certo. Segundo dados do Instagram, os perfis de empresas lideradas por mulheres cresceram mais de 20% desde novembro do ano passado.


Mulheres inspiradoras

Manuela Medeiros é a dona da famosa empresa de acessórios de moda Parfois. Em 1994, aos 42 anos, abriu a sua primeira loja, no Porto, em Santa Catarina. Hoje, a marca totalmente portuguesa Parfois conta com mais de 80% das suas lojas fora de Portugal. Em entrevista ao Jornal de Negócios, este ano, a empresária confessou que pretende alcançar, nos próximos dois anos 1.200 lojas físicas 550 milhões de euros em faturação. A Parfois está em 72 países, co um total de 975 lojas.

Manuela Medeiros. Créditos: Jornal de Negócios

Luiza Trajano é uma das mulheres mais ricas do Brasil. A sua fortuna deve-se ao sucesso da Magazine Luiza, que muitos atribuem à empresária. A Magazine Luiza é um negócio da família, no qual Luiza Trajano entrou com as apenas 12 anos. Contudo, foi aos 40 anos, em 1991, que aceitou o convite da tia, ficando à frente da empresa. Atualmente, são 1.113 lojas físicas, em 819 cidades por todo o Brasil. O marketing e a aposta no digital foram sempre as principais estratégias de Luiza. Segundo a Forbes, a sua fortuna está estimada em 5 mil milhões de dólares, e foi eleita pela revista Time, em setembro deste ano, como uma das 100 pessoas mais influentes do mundo.


Luiza Helena Trajano. Créditos: Divulgação.




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