As expectativas eram elevadas para esta Cimeira do Clima, devido à situação única de emergência em que o planeta se encontra.
A Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas de 2021 decorreu em Glasgow, entre os dias 30 de outubro e 12 de novembro. Dos quatro objetivos principais da COP26, o mais urgente e ambicioso era "assegurar a neutralidade carbónica global até meados do século XXI e manter o aumento da temperatura média abaixo dos 1,5ºC". Francisco Ferreira, presidente da Associação Zero, esteve presente nesta Cimeira, tendo afirmado em declarações ao Transversal que o resultado final não foi o esperado.
No entanto, o presidente da Zero assume que foram feitos alguns avanços, especialmente no que toca à discussão de certas políticas, como "acabar com a subsidiação a combustíveis fósseis [e] acabar com o uso do carvão". Francisco Ferreira relembra que, mesmo tendo ficado aquém das expectativas, os acordos realizados na COP26 foram muito importantes.
Portugal assinou diversos acordos, como país e como membro da União Europeia. A Associação Zero acredita que o maior desafio para o país vai ser cumprir as medidas relativas à desflorestação, devido ao número elevado de incêndios florestais anuais. Para além disso, o presidente da Zero acredita que o país poderia ter ido mais longe no que toca ao assunto dos carros elétricos, assinando a declaração que pretendia acabar com a venda de carros movidos a combustíveis fósseis até 2030.
