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  • Ana Francisca Maio

Militantes não disseram "Chega!" a André Ventura

Atualizado: 15 de jan. de 2022

André Ventura foi reeleito, no dia 6 de novembro, presidente do partido Chega. O candidato conseguiu 94,78% dos 4 mil votos.

 

Mais uma vez a votos, Ventura conquistou a presidência do Chega. Segundo a direção, num total de 40 mil militantes, dos quais apenas metade tem poder de voto, foram às urnas 4 mil. O oponente, Carlos Natal, do agora presidente, alcançou apenas 5,22% dos votos, face aos 94,78% de Ventura.


Créditos: Nuno Ferreira Santos

Segundo o Público, André Ventura, em declarações aos jornalistas, depois de conhecer os resultados, afirmou que "o partido escolheu o seu candidato a primeiro-ministro". Desta forma, o líder do Chega confirmou a candidatura a primeiro-ministro nas próximas eleições legislativas: "Aceito com orgulho e com confiança e com muita, muita fé de que teremos um resultado histórico no dia 30 de Janeiro [de 2022]". Ainda de acordo com o Público, Ventura prometeu aos militantes do Chega fazer chegar o partido ao Governo, nos próximos 4 anos.


As eleições internas do Chega foram convocadas, após a demissão de André Ventura, em setembro. A demissão ocorreu depois de o Tribunal Constitucional ter decidido que o partido estava a funcionar ilegalmente, porque as alterações aos estatutos do partido realizadas no Congresso de Évora não tinham sido claramente proferidas na convocatória desse mesmo Congresso.


Créditos: Carla Rosado

Três semanas após as referidas eleições, no dia 27 de novembro, os militantes do Chega voltaram a reunir em Congresso, e aprovaram novas alterações aos estatutos do partido. A inclusão de duas novas alíneas reforça o poder de André Ventura.


De acordo com o Jornal de Notícias, decorrente da primeira alínea, o líder do Chega passa a "coordenar a atuação política dos órgãos nacionais, regionais e distritais do partido, apreciar a sua atividade e dissolver o órgão ou exonerar o seu titular". O secretário geral do partido, segundo o JN, veio assegurar que este poder consta também nos estatutos de outros partidos, e tem por objetivo evitar que membros das concelhias ou distritais apregoem ideias opostas às do Chega.


Créditos: Nuno Veiga/LUSA

Por sua vez, conforme o Jornal de Notícias, a segunda alínea atribui ao presidente da Direção a capacidade de "indicar os candidatos em qualquer ato eleitoral em que o partido apresente ou apoie candidatura, bem como indicar os mandatários das respetivas candidaturas". Enquanto que nos outros partidos os candidatos são validados nacionalmente, no Chega passa a ser apenas André Ventura.






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